Nesta terça-feira (24), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará, a partir da sua Câmara Técnica de Educação, Comunicação e Mobilização (CTECOM), promoveu o Encontro “Educação Ambiental para transformar a bacia hidrográfica”. O evento – realizado no auditório do CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) de Divinópolis – reuniu representantes de diversos municípios e frentes participantes que compõem a bacia do Rio Pará, para ouvir e elaborar propostas de ações para o Plano de Educação Ambiental (PEA).
Concluído em 2023, o Plano mapeou as iniciativas de educação ambiental desenvolvidas nas sub-bacias, levantou boas práticas com potencial de aplicação na região e apresentou um planejamento estratégico com diretrizes, metas, programas, ações, indicadores, possíveis fontes de financiamento e formas de divulgação e articulação institucional.
O Plano de Educação Ambiental da Bacia do Rio Pará é pioneiro entre os Comitês do estado de Minas Gerais, sendo este o primeiro aprovado. O PEA tem um orçamento geral de mais de R$ 3 milhões a ser investido em 10 anos.
Após a apresentação do PEA pela coordenadora técnica da Agência Peixe Vivo, Ohany Vasconcelos, a vice-presidente do CBH do Rio Pará e coordenadora da CTECOM, Beatriz Alves, abriu espaço para que os representantes se manifestassem com propostas para futuras ações.
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De acordo com Beatriz, o encontro é uma mistura de honra e felicidade, já que foram meses de construção para que o PEA chegasse a esse ponto, o da aprovação. “Estamos partindo para a divulgação. Então, todos os públicos-alvo que foram delineados precisam ter essa noção de que a gente tem um plano. Estamos divulgando e buscando parceiros e, claro, estamos buscando formas de viabilizá-lo. Então, esse é o grande momento de articulação e de divulgação”, afirmou.
A coordenadora da câmara técnica ainda espera validar com os presentes as metas traçadas pelo PEA, já que cada região da bacia possui demandas localizadas. “As diretrizes das ações que foram delineadas estão de acordo com que a comunidade está esperando? Com o que esses representantes estão esperando? Esse é o nosso objetivo. Então vamos sair daqui com um esboço de um documento que vai para o Comitê, para nos dar as diretrizes de que estamos na linha correta”, completou Beatriz.
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Escuta atenta
Entre as sugestões ouvidas e anotadas para a elaboração final de proposta de opções para o plano estão a instalação de placas educativas ao longo da bacia, a criação de trilhas ecológicas, uso de técnicas de agroecologia, criação de uma premiação por boas práticas, oficinas de capacitação, monitoramento de sistemas de irrigação, ações culturais, ação global em defesa do Rio Pará e o incentivo à participação mais efetiva de movimentos sociais na bacia.
Túlio de Sá, presidente do Comitê, entende que o momento foi de extrema importância para engajar representantes e parceiros para a realização das ações. Segundo ele, “o encontro busca engajar e trazer a responsabilidade de cada um neste processo, demonstrando que o papel não é só do Comitê. A participação neste processo é importante para que possamos construir e concluir as ações que mostramos dentro do nosso programa”.
Sá ainda afirma que o processo de construção coletiva das ações fortalecem as relações e a gestão do Comitê, possibilitando que as práticas, antes estabelecidas no papel, sejam realmente realizadas. “É um trabalho em conjunto”, afirmou.
Um novo documento com as sugestões dadas ainda será elaborado e apresentado para membros, conselheiros e parceiros do Comitê.
Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: João Alves
*Fotos: João Alves