William Pinguim é um artista de Divinópolis que usa o graffiti para chamar atenção para a importância da conservação ambiental
William Santos Neves, de 45 anos, mais conhecido como William Pinguim, se envolveu com a arte ainda na adolescência. Ele nasceu em Divinópolis, na região do Médio Rio Pará, e hoje é um dos nomes de expressão no Graffiti. Inclusive, faz questão de destacar a importância de manter a grafia correta da palavra para lembrar da ligação com o Hip-Hop. Ele já coloriu vários espaços públicos da cidade com obras que chegam a mais de 150 m² e usa esse trabalho para incentivar a conscientização ambiental.
Elementos naturais característicos da bacia do Rio Pará estão presentes na obra de William Pinguim.
O caminho de William Pinguim até o graffiti teve início em 1989, quando ele começou a andar de skate pelas ruas de Divinópolis. Foi assim que Pinguim conheceu alguns espaços públicos que estavam se transformando em bota-fora clandestino para lixo e entulhos, situação que o incomodou bastante. Ao ver o problema tomando conta também das margens dos Rios Itapecerica e Pará, Pinguim resolveu usar o graffiti para passar uma mensagem sobre a importância da natureza. “Utilizar a arte para chamar atenção para o meio ambiente foi algo natural pra mim. No início, os graffitis foram construídos de acordo com a necessidade do que eu observava, retratando, por exemplo, a poluição dos rios e o descarte irregular de lixo. E assim começou o meu trabalho de graffiti ecológico”, explica Pinguim.
O graffiti ecológico de William Pinguim colore muros de escolas e praças de Divinópolis, em diversas intervenções cheias de cores e com um recado claro sobre a natureza. Os Rios Itapecerica e Pará são retratados em diversas obras. Para chamar ainda mais a atenção das pessoas, Pinguim chegou a fazer graffitis até diretamente na terra dos barrancos, usando pigmentos minerais e água, para não gerar danos ao meio ambiente.
Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Ricardo Miranda
Fotos: Prefeitura de Extrema e Léo Boi