Problemas com qualidade de água e saneamento ainda provocam milhares de mortes no Brasil

12/04/2024 - 10:55

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou recentemente dados alarmantes sobre o número de mortes provocadas por problemas nos serviços de fornecimento de água e saneamento básico. O levantamento indicou que em 2022 o país registrou cerca de 9.500 mortes atribuídas a fontes de água inseguras, saneamento inseguro e falta de higiene. Os idosos são as maiores vítimas desse tipo de situação.


Os números foram apresentados pelo IBGE na publicação “Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20”. Os levantamentos cruzam dados do Ministério da Saúde com as projeções feitas pelo Instituto.

Em diversas localidades do país, a falta de tratamento adequado da água, além de problemas de saneamento básico, como o esgoto a céu aberto, provocam diferentes tipos de doenças. Entre os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030 está a meta de reduzir consideravelmente o número de mortes provocadas pela contaminação e poluição do ar, água e solo.

Em 2022, das 9.463 mortes provocadas por fontes de água inseguras, saneamento inseguro e falta de higiene, o IBGE aponta que 79,2% das vítimas eram idosos com mais de 60 anos – o que representa 7.492 pessoas. Em seguida aparecem as crianças, de zero a quatro anos, que totalizaram 694 mortes, 7,3% do total.

Apesar de ainda haver um grande número de casos, o IBGE destacou que a taxa de mortalidade apresentou queda de 7,2 casos por 100 mil habitantes, em 2000, para 4,4 em 2022. A redução foi de 38,9%. No Nordeste, região do país que concentra a maior taxa, a redução foi de 9,8 casos por 100 mil habitantes para 5,5. Em seguida aparece o Norte, com 4,9, Centro-Oeste, com taxa de 3,7 e Sudeste e Sul, com 3,9.

A falta de saneamento básico e de serviços de fornecimento de água de qualidade seguem como um dos grandes desafios do país. O Censo Demográfico do IBGE revelou que em 2022 o Brasil tinha cerca de 49 milhões de pessoas sem acesso adequado a esgotamento sanitário e 4,8 milhões de habitantes sem água encanada. Situações que contribuem para a disseminação de doenças que podem levar à morte.


Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Ricardo Miranda
*Foto: Bianca Aun

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará

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