Informativo do Pará nº6: História preservada

05/11/2024 - 10:00

Conheça a Estação de Memórias de Carmo do Cajuru e o acervo que reconta momentos importantes da cidade

Foi ao redor dos trilhos do trem que Carmo do Cajuru se desenvolveu. A história da cidade está entrelaçada com a ferrovia, principalmente após a chegada da primeira locomotiva à estação erguida no município. A Maria Fumaça, apelidada de Baronesa, chegou a Cajuru em 1911, transformando a vida e a rotina do pequeno povoado.

Foram décadas de desenvolvimento impulsionado pelo vaivém dos trens. Justamente por isso, a ferrovia ajuda a recontar a história de Carmo do Cajuru. A estação ferroviária, hoje desativada, virou um dos cartões postais da cidade, patrimônio histórico tombado pelo município. O imóvel passou por um processo de restauração, conduzido pela VLI, administradora de Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), em parceria com a Agência Iniciativas Cidadãs e a prefeitura. “Ao resgatar e preservar a memória ferroviária, reforçamos o conceito de que, para pensar no futuro é preciso valorizar o passado”, destaca a gerente de Responsabilidade Social da VLI, Maria Clara Fernandes.

Ao longo de oito meses de pesquisas, foram identificadas quase 100 fotografias, entre elas registros que mostram a Maria Fumaça Baronesa e os trabalhadores que ajudaram na construção da Estação Ferroviária de Carmo do Cajuru. Também foram catalogados objetos e documentos, além da realização de entrevistas com personagens que ajudam a recontar a história da ferrovia em Carmo do Cajuru. Raíssa Faria, coordenadora do programa da VLI, acredita que “registrar e difundir as histórias do trem de ferro na cidade é uma maneira de garantir que memórias afetivas tão ricas e preciosas não sejam esquecidas e perdidas. Toda essa pesquisa e entrega só foram possíveis pelo trabalho e contribuições de muitas mãos”.

Nas visitas, o público é convidado a vivenciar uma imersão histórica para resgatar e preservar memórias a partir dos trilhos e vagões que passaram pela estação.

As fotos, documentos e entrevistas fazem parte do acervo da Estação de Memórias de Carmo do Cajuru, que agora funciona no prédio da antiga estação ferroviária. “A estação de memórias é um ponto de encontro entre o passado e o presente, onde as histórias são compartilhadas e celebradas. Queremos não apenas preservar a história da ferrovia, mas também falar das vivências e lembranças afetivas que permeiam esse universo. Um local de cultura para toda a cidade e região”, comenta Flávio Flora, jornalista, historiador e diretor administrativo da prefeitura de Carmo do Cajuru.

 

Nas visitas, o público é convidado a vivenciar uma imersão histórica para resgatar e preservar memórias a partir dos trilhos e vagões que passaram pela estação. Uma jornada nostálgica, repleta de descobertas. “Essa é uma parte muito importante da nossa história. Desde 1911, com a chegada dos trens, a linha férrea trouxe progresso para Carmo do Cajuru. Na inauguração, que aconteceu no fim do ano passado, recebemos muitas pessoas da nova geração, que não conhecem essa história e ficaram encantadas com o que viram. E também estiveram aqui filhos e netos de ferroviários, admiradores dessa época, que relembraram e se emocionaram com nosso acervo”, explica Célio Antônio Cordeiro, coordenador do museu da Estação de Memórias.

A Estação Ferroviária fica na Praça Presidente Vargas, no Centro de Carmo do Cajuru. As visitas são gratuitas e devem ser agendadas pelo telefone (37) 3244-0700.


Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará

Compartilhe