Com o objetivo de consolidar a educação ambiental como vetor de transformações positivas na Bacia e propiciar a segurança hídrica com a recuperação e a preservação da qualidade e da quantidade da água, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará (CBH do Rio Pará) desenvolve o seu Plano de Educação Ambiental (PEA) no território.
Atualmente, o projeto encontra-se em fase de diagnóstico, que irá realizar o levantamento dos projetos, das ações e dos atores envolvidos na temática de educação ambiental na Bacia por meio de questionários digitais enviados aos diversos atores do território. Em seguida, oficinas técnicas presenciais serão realizadas em Pará de Minas, Divinópolis e Carmópolis de Minas, previstas para acontecer nos dias 08, 09 e 10 de novembro.
Segundo Roberta Gregório, Engenheira Ambiental da EnVex Engenharia e Consultoria, empresa responsável pelo desenvolvimento do PEA, “as oficinas têm por objetivo apresentar o resultado dos questionários (um específico para prefeituras, outro para instituições de ensino, e um geral para cadastro de atividades) como diagnóstico preliminar, que será complementado com as informações levantadas durante os encontros presenciais nas três cidades selecionadas”.
Roberta explica que essa seleção levou em conta dois critérios principais e simultâneos: o percentual do território do município incluído na bacia e a população total de cada uma dessas cidades, sendo contempladas uma cidade em cada região fisiográfica. O público esperado é de aproximadamente 40 pessoas em cada oficina, entre técnicos e gestores de prefeituras, empresas, organizações da sociedade civil e diretores e professores de escolas.
Após a fase de diagnóstico, estão previstas mais três oficinas técnicas nos mesmos municípios selecionados, cujas informações coletadas comporão o Resumo Executivo a ser entregue ao CBH do Rio Pará ao final da execução do PEA. O projeto tem previsão de encerramento em março de 2023.
Roberta afirma que é preciso ter em mente que a Educação Ambiental é um projeto de longo prazo, mas que constrói bases sólidas para a defesa dos cursos d’água e do meio ambiente. “Faz parte do ser humano ser imediatista, existe naturalmente uma dificuldade de se enxergar um planejamento de longo prazo. A educação ambiental é uma ferramenta de construção de valores sociais, conhecimento, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente e, mais especificamente neste caso, na proteção dos recursos hídricos”, completa.
Para Márcia Helena Batista Corrêa da Costa, representante da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) no Comitê e conselheira da Câmara Técnica de Educação, Comunicação e Mobilização (CTECOM), a ação de educar para o respeito e a conservação do meio ambiente leva não só à preservação dos recursos hídricos, como, também, à integração institucional na bacia. “A educação ambiental fortalece o Comitê e as Câmaras Técnicas que o constituem. As ações educativas planejadas geram coesão institucional e legitimidade frente a gestores públicos e à própria sociedade, e se faz por meio da mobilização dos atores envolvidos no processo, pelas situações criadas de diálogo entre saberes, além de criar compromissos de responsabilidade social, ambiental e política”, conclui.
Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Leonardo Ramos
*Foto: Fernando Piancastelli