Programa de Conservação Ambiental e Produção de Água já finalizou 30% das obras em Carmo do Cajuru

12/06/2024 - 15:55

Na microbacia do Ribeirão Sapé, em Carmo do Cajuru, no Médio Rio Pará, as obras do Programa de Conservação Ambiental e Produção de Água do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará seguem em ritmo acelerado. Cerca de 30% das intervenções previstas já foram finalizadas. Ao todo, quase R$ 2 milhões vão ser investidos.


As obras acontecem em diferentes locais ao longo da microbacia do Sapé. Atualmente o trabalho se concentra nas comunidades de Serrinha, Santo Antônio da Serra e em Olhos d´Água e Santo Antônio da Serra. Uma das ações mais importantes é o cercamento de nascentes, ribeirões e áreas de preservação. Dos 40 mil metros de cerca que vão ser instaladas, 15 mil já estão prontos.

As obras estão sendo executadas pela empresa Embaúba Ambiental, contratada pelo CBH do Rio Pará para implementar as ações do programa em Carmo do Cajuru. 80 propriedades da região foram catalogadas e, após levantamentos técnicos, 75 foram escolhidas para receber as intervenções. Ao todo, 109 barraginhas já foram instaladas na microbacia do Sapé. “As barraginhas vão represar a água das chuvas, evitando que a enxurrada provoque erosões. Além disso, com o tempo, a água represada vai se infiltrar no solo. Isso vai ser muito importante para o lençol freático”, afirma Elton Ribeiro Mileib, responsável técnico da empresa.

O produtor rural Francisco Rabelo de Oliveira é um dos beneficiados pelo programa do CBH em Carmo do Cajuru. Na fazenda onde vive com a família, ele trabalha com a criação de suínos, búfalos e outros animais. O projeto do CBH do Rio Pará já implantou, no local, um biodigestor e um sistema chamado círculo de bananeira. As iniciativas são voltadas para o tratamento de dejetos. “Fiquei muito satisfeito. Isso é muito bom, porque evita a poluição do córrego. Vai ser importante demais”, comenta o produtor.

Dos 11 biodigestores financiados pelo programa, cinco já estão implantados. Os outros devem ser instalados em breve, segundo a empresa contratada pelo Comitê. “O biodigestor recebe os dejetos produzidos nos banheiros e que antes eram armazenados em fossas. E, com a utilização de microrganismos específicos, é feito o tratamento biológico desses resíduos”, explicou Carolina Dayana Teles, mobilizadora da Embaúba.


Veja mais fotos das obras:


Os círculos de bananeiras são outra estratégia importante. 51 estão sendo instalados. Gabriela Barbosa, gerente de projetos da empresa, explica que cada propriedade recebe diferentes ações, dependendo das necessidades apontadas pelos levantamentos técnicos. “Os círculos de bananeiras e os biodigestores fazem parte das ações de saneamento ambiental. O círculo de bananeira é específico para a água da pia, que cai na caixa de gordura e depois é levada para um tipo de bacia aberta no solo. Essas aberturas na terra são preenchidas com matéria orgânica, que ajudam a filtrar a água. E a bananeira vai ajudar o solo a absorver essa água purificada”.

Na microbacia do Sapé, o Programa de Conservação Ambiental e Produção de Água do CBH do Rio Pará também está financiando a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Alguns, já estão prontos. Com a orientação técnica necessária, áreas de preservação são utilizadas de forma consciente, aliando a produção agrícola de forma sustentável. No mês passado, produtores rurais foram convidados a conhecer de perto o funcionamento dos SAFs.

A Sarsan Engenharia, contratada para gerenciar a execução do projeto, afirma que o cronograma está dentro do previsto. “O projeto prevê 12 meses de execução das obras, além de outros 12 meses de acompanhamento das ações. Estamos no terceiro mês de obras, com cerca de 30% de intervenções concluídas. Ainda temos muitas etapas a serem concluídas. A empresa executora das obras vai instalar outros biodigestores, cercar outras áreas e fazer as ações de terraceamento”, comenta a engenheira Sandra Parreiras.

Além da microbacia do Ribeirão Sapé, as intervenções do Programa vão beneficiar a comunidade dos Custódios (Alto Rio Pará), em Cláudio, e a região do Ribeirão Pari (Baixo Rio Pará), em Pompéu. Em Carmo do Cajuru, a prefeitura acompanha o andamento das obras. “Eu fiquei muito satisfeita ao ver o andamento das obras. Está tudo bem encaminhado. Os produtores estão felizes e a gente tem certeza de que isso vai trazer muitos ganhos ambientais para toda a região”, finaliza Jéssica Bolina, superintendente de meio ambiente de Carmo do Cajuru.


Assista ao vídeo e saiba mais sobre o Programa de Conservação Ambiental e Produção de Água da Bacia do Rio Pará:


Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Ricardo Miranda
*Fotos: Udner Rios

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará

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