Na Bacia Hidrográfica do Rio Pará, navegar não é apenas atravessar um corpo d’água – é mergulhar em camadas de história, ciência, cultura e resistência que moldam este território e seus habitantes. Nesta quarta edição da Revista Rio Pará, lançada oficialmente neste mês de novembro, convidamos você a percorrer conosco mais uma jornada pelas margens, pelos leitos e pelas vozes que dão vida a esse rio e às suas muitas histórias.
Veja alguns dos destaques
É com esse espírito de travessia que apresentamos um dos destaques desta edição: a criação de um sistema inédito de mapeamento hidrográfico do Rio Pará. O que começou como uma iniciativa para identificar trechos navegáveis se transformou em uma poderosa ferramenta de gestão e preservação das águas, integrando tecnologia de ponta com saberes tradicionais. O resultado é um retrato vivo da bacia, em que o conhecimento técnico e a escuta das comunidades ribeirinhas caminham lado a lado.
Mas se navegar é preciso, cuidar é imprescindível. Uma matéria especial nos leva a refletir sobre o impacto da crise hídrica que atinge a Bacia do Rio Pará, com efeitos severos sobre ecossistemas, abastecimento e o cotidiano das pessoas. Em tempos de emergência climática, a água – ou sua ausência – nos força a olhar para nossas escolhas e responsabilidades.
Essa edição também aprofunda um tema essencial para a sustentabilidade da gestão hídrica: a Cobrança pelo uso da água. Mais do que uma taxa, ela é um instrumento de transformação. É graças a ela que ações como o Programa de Conservação Ambiental e Produção de Água vem sendo implementado com sucesso. E se os resultados são visíveis no campo, são ainda mais potentes no que representam: a crença de que é possível aliar produção, preservação e justiça ambiental.
Embarque com a gente nesta travessia:
Falando em justiça, trazemos um olhar especial sobre gênero e governança da água, em uma conversa com a pesquisadora Fernanda Matos. A presença feminina nos espaços decisórios é urgente – e não apenas por representatividade, mas porque mulheres têm sido protagonistas na luta pela água como direito, não como privilégio. A gestão hídrica precisa ser também uma gestão mais democrática.
Da luta à arte. Dos saberes às cores. A arte urbana de Mika Ribeiro colore os muros da bacia com propósito e consciência, transformando o espaço público em território de pertencimento, memória e esperança. Sua obra nos lembra que a natureza não é cenário – é parte viva de quem somos.
No campo das políticas públicas, abordamos nesta edição a nova Lei Geral de Licenciamento Ambiental e os impactos que ela pode gerar na Bacia do Rio Pará. Agilidade, sim. Mas com responsabilidade, escuta e equilíbrio.
Como em toda edição, celebramos também as raízes históricas e culturais do nosso território. Pitangui, tricentenária e pulsante, nos recebe com seus casarões e memórias. Já o Reinado de Bom Despacho, reconhecido como Patrimônio Cultural, ecoa as vozes de fé e resistência do povo negro – herança viva que ainda pulsa nas ruas, nos cantos e nas celebrações.
Navegar é preciso. E mais do que nunca, conhecer é urgente. Siga conosco. O Rio Pará segue correndo – e resistindo.
Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
