Oficinas discutem ações de educação ambiental para preservação do Rio Pará pelos próximos 15 anos

10/02/2023 - 8:55

A elaboração do Plano de Educação Ambiental (PEA) da Bacia Hidrográfica do Rio Pará avançou para a terceira fase. Esta semana, foram realizadas as Oficinas de Prognóstico para apresentação e discussão de ações de preservação ambiental. Os encontros aconteceram em Divinópolis, na terça-feira (07), em Carmópolis de Minas na quarta (08) e em Pará de Minas na quinta (09), e contaram com a participação de representantes do poder público, entidades ligadas ao meio ambiente e membros da sociedade civil dos 35 municípios que compõe a bacia.


O PEA do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará tem o objetivo de consolidar a educação ambiental como vetor de transformações positivas na Bacia e propiciar a segurança hídrica com a recuperação e a preservação da qualidade e da quantidade da água.

Esta etapa de elaboração do Plano acontece três meses após a realização das Oficinas de Diagnóstico. Em novembro do ano passado, o CBH do Rio Pará promoveu três encontros, nas mesmas cidades, para conhecer as ações de educação ambiental que já estão sendo executadas ao longo da Bacia do Rio Pará. As iniciativas apresentadas foram avaliadas e, nesta fase, com as Oficinas de Prognóstico, a ideia é que os diferentes órgãos envolvidos contribuam com propostas de outras ações que possam ser colocadas em prática a curto, médio e longo prazo.

“O prognóstico é pensar o futuro, na educação ambiental para os próximos 15 anos aqui na Bacia Hidrográfica. A partir do diagnóstico que fizemos, nós olhamos o que já existe, o que temos de problemas e de potencialidades para, a partir daí, pensar em soluções de educação ambiental para os próximos anos”, explica Tiago Perez, engenheiro ambiental da Envex Engenharia e Consultoria, empresa contratada para desenvolver o Plano de Educação Ambiental do CBH do Rio Pará.

A Bacia Hidrográfica do Rio Pará abrange uma população de mais de 1 milhão de habitantes. Nas Oficinas de Prognóstico, representantes de várias prefeituras participaram das discussões e comentaram a importância da elaboração do Plano de Educação Ambiental realizado pelo CBH do Rio Pará. “É uma troca de experiências. A gente vê o que está dando certo fora para buscar a aplicação no nosso município e pensar em melhorias para o futuro”, comenta Humberto Cunha, secretário de gestão ambiental de Formiga.

Em Divinópolis, maior cidade da Bacia do Rio Pará, a Oficina de Prognóstico apresentou as melhoras práticas com potencial de aplicação na região, além de discutir os desafios e as potencialidades. Com a colaboração dos presentes, o Comitê recebeu 19 sugestões de ações para melhorar a educação ambiental, incluindo a atração de investimentos, aprimoramento das ações nas escolas de ensino básico e o apoio à formação dos professores. Heraldo Amaral, engenheiro sanitarista da Secretaria de Serviços Urbanos da prefeitura de Divinópolis, participou da Oficina e disse que o trabalho “é uma visão de futuro que impõe um processo continuado de conscientização e de mudanças. Estamos atravessando um período crítico e está chegando o momento em que não vai ser mais possível reverter as coisas, por isso é importante mapear iniciativas e procurar outras soluções”.


Confira mais fotos da oficina de Divinópolis:


Durante as oficinas, após ouvir as sugestões dos órgãos envolvidos com a preservação da Bacia, a Envex apresentou o próprio prognóstico para promoção da educação ambiental. O projeto prevê a realização de 20 ações, divididas em cinco programas e quatro metas direcionadas a diferentes públicos, incluindo usuários de recursos hídricos, prefeituras, ensino básico e público em geral. “Nossa ideia foi trazer um escopo mais enxuto, focando em ações que possam ser executadas de forma contínua, possibilitando uma maior concentração de recursos em cada projeto”, acrescentou Tiago Perez.

As ações propostas preveem a execução em três momentos: curto prazo, de 2023 a 2027, médio prazo, de 2027 a 2032 e longo prazo, de 2032 a 2037.

Após a realização das Oficinas de Prognóstico, a consultoria contratada vai analisar as sugestões apresentadas pelo público, para finalizar a elaboração do Plano de Educação Ambiental. “Após recebermos esse prognóstico, nós vamos utilizar as diretrizes ali contidas para criar nosso Plano de Ação. Para contribuir com a preservação do Rio Pará não podemos pensar, neste momento, em aumentar as ações e, sim, em trabalhar com ações mais efetivas”, concluiu Vilma Aparecida Messias, vice-presidente do CBH do Rio Pará.


Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Ricardo Miranda
Fotos: Arthur de Viveiros e Ricardo Miranda

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará

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