Nesta quinta-feira (08), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará (CBH do Rio Pará) realizou mais uma reunião com os moradores da comunidade dos Custódios, em Cláudio, na região do Alto Pará. Durante a conversa, os produtores rurais puderam tirar dúvidas e esclarecer detalhes sobre as intervenções que serão realizadas pelo Programa de Conservação e Produção de Água. A previsão é que as obras comecem já na semana que vem.
O secretário do CBH do Rio Pará, José Hermano Franco, conversou com os moradores e explicou que a intenção era esclarecer qualquer tipo de dúvida que os produtores rurais ainda tivessem, garantindo uma melhor adesão à iniciativa. “O Comitê criou o projeto e vai custear as intervenções para vocês. Depois de feito, as melhorias serão de vocês. Precisamos estar juntos, porque não adianta só dar início. É necessário que as intervenções tenham continuidade, e isso só é possível com a colaboração de quem vive na comunidade”, destacou.
Além do Comitê e de produtores rurais, a reunião contou com a participação de representantes da Fortal Engenharia, empresa contratada para executar as obras na comunidade, e da Sarsan, que vai fiscalizar e gerenciar as intervenções. A prefeitura de Cláudio, parceira do CBH no projeto, também esteve no evento, no Centro Comunitário dos Custódios. “Em 2021, assim que o Comitê lançou o edital, nós vimos que a comunidade dos Custódios atendia a todos os requisitos, e que as intervenções a serem realizadas aqui iriam beneficiar também outras microbacias da região, por isso resolvemos fazer a inscrição. Ficamos muito felizes em sermos contemplados”, comentou Anna Marcelos, secretária de meio ambiente e agricultura de Cláudio e conselheira do CBH.
Ao todo, o Programa de Conservação e Produção de Água vai investir mais de R$ 7 milhões apenas nas obras na microbacia dos Custódios.
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A iniciativa do Comitê também vai beneficiar a bacia do Pari, em Pompéu, na região do Baixo Pará, e a bacia do Ribeirão Sapé, em Carmo do Cajuru, no Médio Pará. “Das 35 cidades da Bacia do Rio Pará, 29 prefeituras manifestaram interesse em participar e, a partir de uma análise criteriosa, três municípios foram selecionados para receber as intervenções. Todo o recurso é oriundo da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Os moradores das comunidades não vão pagar nada pelas obras que serão feitas nas propriedades. O que a gente pede em troca é simplesmente o apoio ao projeto e a conservação das melhorias que serão implantadas aqui”, destacou Thiago Campos, gerente de projetos da Agência Peixe Vivo.
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Nas etapas anteriores do projeto, o CBH do Rio Pará já realizou levantamentos técnicos no local. Das 80 propriedades cadastradas na comunidade, 75 haviam manifestado interesse em participar do programa e já tiveram os projetos individuais elaborados, apresentando quais obras podem ser feitas em cada terreno. “Os projetos individuais trazem sugestões técnicas, mas o produtor rural tem a liberdade para escolher o que prefere que seja feito, com base no que foi apresentado pelo Comitê. Vão ser feitas as adequações necessárias, junto com a empresa executora, para que as obras sigam aquilo o que o produtor desejar”, explicou José Hermano Franco aos produtores rurais.
No próximo dia 16 de fevereiro, a Agência Peixe Vivo vai assinar a ordem de serviço para início das obras na microbacia dos Custódios. Com isso, as intervenções devem começar imediatamente. “Junto com o Comitê e com a Agência Peixe Vivo teremos certeza de que faremos um trabalho de sucesso aqui na comunidade. Vamos avaliar cada caso e, se necessário, fazer modificações durante a execução, atendendo às expectativas do Comitê e também de vocês, produtores rurais”, disse Caetano Mascarenhas, engenheiro ambiental da Fortal Engenharia, empresa responsável por executar as obras na comunidade.
Engenheiros ambientais, agrônomos, especialistas em direito e mobilizadores sociais da Sarsan Engenharia vão estar presentes na comunidade durante as obras para fiscalizar e gerenciar as intervenções. “Cada caso será analisado. Estaremos presentes para autorizar adaptações, se necessárias. Nossa função é acompanhar a empresa executora para atingirmos o propósito do projeto, seguindo a planilha orçamentária, mas também para atender as expectativas dos produtores da região”, explicou Igor Fonseca, engenheiro da Sarsan e coordenador do contrato com a Agência Peixe Vivo.
Cerca de 30 produtores rurais da comunidade participaram da reunião e saíram ainda mais animados com o projeto e ansiosos para o início das intervenções. “Algumas pessoas ainda estavam em dúvidas, sem entender se teriam que pagar alguma coisa, como o projeto iria funcionar na prática. Essa conversa foi importante para esclarecer todos os detalhes. Agora estão todos mais envolvidos e empolgados. Temos certeza de que as obras vão trazer um benefício imenso para a comunidade e para a preservação ambiental da região”, finalizou Magda Ribeiro, líder comunitária.
Assessoria de Comunicação do CBH do Rio Pará:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Ricardo Miranda
*Fotos: Udner Rios